Esta lição aborda o conceito de entidades ubíquas no desenvolvimento de software, destacando os desafios e implicações de utilizar uma única entidade para múltiplos propósitos ou contextos. Embora a ideia de reutilizar entidades possa parecer atraente inicialmente, por sugerir uma redução na duplicação de código e simplicidade no modelo de domínio, ela pode levar a problemas significativos.
Características e Desafios:
- Complexidade e Sobrecarga: Entidades ubíquas tendem a se tornar grandes e sobrecarregadas com responsabilidades variadas, o que dificulta o entendimento e a manutenção do código.
- Alto Acoplamento e Baixa Coesão: A utilização de uma entidade em múltiplos contextos aumenta o acoplamento entre diferentes partes do sistema, enquanto reduz a coesão dentro de cada parte, contrariando princípios fundamentais de um bom design de software.
- Custo e Riscos Elevados: Mudanças em uma entidade ubíqua podem afetar diversas funcionalidades e contextos, aumentando o risco de efeitos colaterais indesejados. Isso dificulta a evolução e a escalabilidade do sistema, aumentando o custo de manutenção e o risco associado a cada mudança.
Considerações Estratégicas:
A lição sugere uma abordagem mais cuidadosa e estratégica ao design de software, enfatizando a importância de avaliar as consequências de longo prazo da reutilização excessiva de entidades. Recomenda-se adotar princípios de design como a separação de responsabilidades, a modularização e a definição clara de contextos para garantir a manutenabilidade, a escalabilidade e a robustez do sistema.
Ao projetar sistemas, é crucial considerar as implicações de decisões de design não apenas no contexto imediato, mas também em como elas afetarão a arquitetura e a facilidade de manutenção do software no futuro. A adoção de práticas como o Domain-Driven Design (DDD) pode ajudar a identificar e separar diferentes domínios e responsabilidades, evitando a criação de entidades ubíquas.
Classificação
Lição